Desde janeiro de 2025, as empresas brasileiras estão lidando com um novo desafio tributário: a reoneração gradual da folha de pagamento, que marca o fim do modelo de desoneração implementado em 2011. Essa mudança, estabelecida pela Lei 14.973/2024, revoga os benefícios fiscais que permitiam a substituição da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha por alíquotas reduzidas sobre a receita bruta. Com o aumento progressivo da carga tributária, as empresas precisarão adaptar suas gestões financeiras e estratégicas para evitar uma queda brusca na margem de lucro, especialmente setores como tecnologia, transporte, construção civil e comunicação, que historicamente se beneficiaram da desoneração.
Durante um período de transição até 2027, as empresas pagarão uma alíquota de 5% sobre a folha de pagamento em 2025, que aumentará para 10% em 2026 e 15% em 2027, até que a desoneração seja completamente extinta em 2028. Embora haja isenção sobre o 13º salário para as empresas que optaram pela desoneração, o aumento da carga tributária exigirá planejamento detalhado, revisão de estruturas de custos e ajustes contratuais para garantir a competitividade. Para minimizar os impactos, as empresas devem considerar estratégias como otimização da folha de pagamento, renegociação de contratos e acompanhamento de discussões tributárias, transformando esse desafio em uma oportunidade de gestão mais eficiente.